
Sintomatologia
O monóxido de carbono é a principal causa de lesão por envenenamento e morte em todo o mundo. A exposição ao monóxido de carbono origina manifestações variadas e não específicas, pelo que é difícil a identificação de uma intoxicação pelo mesmo.
A sintomatologia observada pode decorrer de uma exposição ocupacional ou acidental, de forma prolongada a concentrações baixas de monóxido de carbono ou a concentrações elevadas de monóxido de carbono em curtos períodos de tempo. A severidade da sintomatologia é dependente de diferentes fatores, como, por exemplo, da suscetibilidade do indivíduo, da concentração de monóxido de carbono, da duração da exposição e do estado de saúde do indivíduo.
[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10]

Tecidos nos quais ocorre um metabolismo de oxigénio elevado, como o coração, cérebro, fígado, rins e músculo, podem ser particularmente sensíveis a uma intoxicação por monóxido de carbono.
Os sintomas e sinais de envenenamento agudo por monóxido de carbono correlacionam-se negativamente com os níveis de carboxihemoglobina presentes.
[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10]
No decorrer da intoxicação podem ocorrer sintomas neurológicos, tais como:
-
Dor de cabeça;
-
Tonturas;
-
Fraqueza;
-
Náuseas;
-
Confusão;
-
Desorientação;
-
Distúrbios visuais.
Aquando de uma exposição contínua pode observar-se:
-
Dispneia;
-
Aumento da frequência respiratória;
-
Síncope.

[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10]
A intoxicação por monóxido de carbono durante a gravidez resulta em alto risco para a mãe e para o feto.
Na presença de níveis de carboxihemoglobina muito elevados, poderão surgir convulsões e paragens respiratórias, das quais podem resultar complicações como o comprometimento do miocárdio, hipotensão, arritmias, edema pulmonar e, em casos mais graves, a morte.
[1] Digitalfire Hazards Database, Carbon Monoxide Toxicity, Edouard Bastarache, 2008. (acedido a 12 de Maio de 2015)
[2] Raub JA, Mathieu-Nolf M, Hampson NB, Thom SR: Carbon monoxide poisoning — a public health perspective. Toxicology, 2000, 145(1): 1–14
[3] Raub, J. (1999). Environmental health criteria 213: carbon monoxide. Geneva: World Health Organization.
[4] Hopkins, R. O., & Woon, F. L. M. (2006). Neuroimaging, cognitive, and neurobehavioral outcomes following carbon monoxide poisoning. Behavioral and cognitive neuroscience reviews, 5(3), 141-155.
[5] Kalay, N., Ozdogru, I., Cetinkaya, Y., Eryol, N. K., Dogan, A., Gul, I., ... & Abaci, A. (2007). Cardiovascular effects of carbon monoxide poisoning. American Journal of Cardiology, 99(3), 322-324.
[6] Hopkins, R. O., Fearing, M. A., Weaver, L. K., & Foley, J. F. (2006). Basal ganglia lesions following carbon monoxide poisoning. Brain injury, 20(3), 273-281.
[7] Satran, D., Henry, C. R., Adkinson, C., Nicholson, C. I., Bracha, Y., & Henry, T. D. (2005). Cardiovascular manifestations of moderate to severe carbon monoxide poisoning. Journal of the American College of Cardiology, 45(9), 1513-1516.
[8] Raub, J. (1999). Environmental health criteria 213: carbon monoxide. Geneva: World Health Organization.
[9] Goodman, G. (2001). Goodman and Gilman's the pharmacological basis of therapeutics. New York et al.: Macmillan, cop. 1985.
[10] Gleason, M. N., Gosselin, R. E., & Hodge, H. C. (1984). Clinical toxicology of commercial products. Williams and Wilkins Co., Baltimore, MD.